sábado, 9 de janeiro de 2010

Geleiras da Bolívia já sentem os efeitos do aquecimento global




La Paz e El Alto podem ter o abastecimento de água afetado.

Cientistas alertam sobre o efeito do aquecimento global nas geleiras da Bolívia. A capital La Paz e a vizinha El Alto são as regiões mais afetadas. As geleiras que cercam as cidades andinas bolivianas representam mais de 20% do abastecimento de água para dois milhões de habitantes nas duas cidades. O restante vem basicamente da coleta da chuva.

O problema piora com a administração ineficiente do governo e a falta de conscientização da população. A Bolívia é um dos países mais pobres da América do Sul e cerca de 40% de toda a reserva de água do país acaba sendo desperdiçada.

Em La Paz, a cidade mais rica, as pessoas entendem a gravidade da situação, mas ainda não enfrentam racionamento de água e de energia. Já em El Alto os efeitos são mais evidentes. A dona de casa Celia Cruz, de 33 anos, sofre com problemas de abastecimento, desde setembro do ano passado. Ela já pensa em deixar a cidade, onde vive há mais de 10 anos. “O que mais posso fazer? Sem água não dá para viver”, lamenta.

Especialistas acreditam que com a reforma da rede de distribuição e a construção de uma represa mais moderna, seria possível resolver o problema na região. Já o renomado estudioso de geleiras, Edson Ramírez alerta. “Os efeitos das mudanças climáticas estão aparecendo muito rapidamente. Não sei se teremos tempo para responder. A obra de um novo reservatório leva de cinco a sete anos para ficar pronta”, comenta.

Ramírez lembra que o desaparecimento da geleira Chacaltaya foi previsto para 2020, mas ele sumiu em 2009. Só sobraram as encostas rochosas das montanhas. Chacaltaya era considerada a estação de esqui mais alta do mundo, localizada a mais de cinco mil metros acima do nível do mar. O local funcionou de 1939 até 2005.

As geleiras bolivianas podem ser vistas de quase todos os lugares nas cidades de La Paz e El Alto. O processo de desaparecimento provoca um sentimento de perda nos bolivianos semelhante ao das torres gêmeas para os nova-iorquinos. “Ver esta mudança me enche de tristeza”, conta o guia turístico da capital Gonzalo Jaimes

Fonte: G1

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Avalanches provocam mortes na Suíça





Autoridades recomendam cautela a esquiadores.

Os serviços de resgate na Suíça encontraram os corpos de mais três pessoas depois da avalanche com maior número de vítimas no país em dez anos.

A avalanche, em duas etapas, atingiu o vale de Diemtigtal, 40 quilômetros ao sul da capital suíça, Berna, no domingo.

O total de mortos chegou a sete. Entre as vítimas estavam vários esquiadores e um médico que integrava a equipe de resgate.

As autoridades suíças recomendam cautela diante do início da temporada de esqui e das fortes nevascas nos Alpes.

As pessoas que esquiarem em áreas perigosas e provocarem avalanches poderão ser multadas e processadas. Além das mortes, as avalanches causam graves prejuízos.

Fonte: G1

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Brasileiro que sobreviveu a avalanche no Chile passa bem



Guilherme Gomes, de Salvador, escalava vulcão no sul do país. Com a perna quebrada, jovem foi resgatado de helicóptero.

Depois de ser engolido por uma avalanche a quase 3 mil metros de altitude no vulcão Villarrica, no sul do Chile, o brasileiro Guilherme Rosas Gomes, 26, passa bem. Resgatado de helicóptero pela polícia da cidade de Pucón, ele sofreu apenas uma fratura em uma das pernas, e aguarda o resultado de exames para voltar a Salvador, onde mora.

O acidente ocorreu na tarde deste sábado (2), quando Guilherme e mais oito pessoas – entre elas outros dois brasileiros e dois guias – desciam do vulcão por uma encosta. “A neve mais fofa se soltou e veio com tudo, foi me levando até lá embaixo. Foi o peso do gelo que quebrou minha perna”, conta o turista, que conversou por telefone com o G1.

Guilherme foi o único do grupo que se feriu na avalanche. Com o corpo parcialmente enterrado, ele conta que foi auxiliado pelos guias, que o tiraram da neve e chamaram um helicóptero da polícia tirá-lo da montanha. Depois de fazer uma radiografia em Pucón, o brasileiro foi levado ainda na noite de sábado para uma clínica na cidade de Temuco, onde segue internado.

Segundo o brasileiro, o acidente foi uma fatalidade, já que o tempo era bom quando a neve se desprendeu. “O dia estava lindo, não estava chovendo, nevando nem ventando”, conta ele, que desde o dia 24 de dezembro viajava sozinho pelo sul do Chile e Argentina.

A trilha também não era perigosa, de acordo com Guilherme. “[Na hora do acidente] devia haver umas cem pessoas na montanha. Dessas, mais ou menos a metade era de brasileiros. Lá sobem pessoas de 13, 14 anos.”

Para a dona da agência de turismo contratada pelo brasileiro, a avalanche foi uma surpresa. "Nunca, em 200 anos, havia ocorrido um acidente assim", afirma Juanita Romero.

Fonte: G1